sábado, 12 de fevereiro de 2011

| SUSPENSO O MASSACRE DAS CAPIVARAS |

Helio suspende o abate das capivaras no Lago do Café

"Falei com Secretário da Saúde e determinei a suspensão de ato radical até que o assunto esteja esgotado", postou o prefeito em seu twitter 
 
(Foto: Gustavo Magnusson/AAN)
O prefeito de Campinas, Helio de Oliveira Santos, através do twitter, suspendeu a realização do abate por eutanásia das cerca de 20 capivaras que estão confinadas no Lago do Café. 'Falei com Secretário da Saúde e determinei a suspensão de ato radical até que o assunto esteja esgotado. Há anos confinadas! Documentar oficialmente a ação', escreveu na rede social.

O prefeito postou no twitter o seguinte:  'Decretar morte de Capivara é forma simplista de enfrentar problema da febre maculosa. Desafio para academia é como exterminar carrapato contaminado'. A decisão, que ainda não foi documentada oficialmente, responde ao clamor de ambientalistas e entidades protetoras de animais que protestam contra o abate.

O secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva confirmou que nos próximos dois dias pretende se reunir com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Superintendência de Controles de Endemia (Sucen), técnicos e pesquisadores para mais uma vez estudar alternativas. 'Vamos buscar técnicas com eficácia comprovada, que não provoque danos ao meio ambiente nem coloque em risco a saúde dos seres humanos. Encontrando essa técnica ou alternativa, vamos discutir com o Ibama a suspensão do abate', afirmou. Segundo o secretário, nesse momento ainda prevalece a decisão do Ibama, que autoriza o abate. A eutanásia tinha sido confirmada nesta sexta-feira (11/02) por ele e estava prevista para acontecer ainda este mâs.

Em Campinas, desde 1999, já foram registrados 75 casos de febre maculosa. Desse total, 22 resultaram em óbito.

Após a confirmação da terceira morte por febre maculosa no fim de 2010, a Prefeitura de Campinas enviou um documento ao Ibama explicando a situação da epdemia no parque público e solicitando que animais fossem retirados e levados para outro local. O Ibama não autorizou o manejo das capivaras do Lago do Café. Segundo o Instituto, a medida iria transferir o risco de contágil para um outro local, pois os animais estão com a bactéria da doença.  Segundo Denise Assis Roma, da Secretaria de Saúde de Campinas, em 2008 a Prefeitura também tentou solucionar o problema com o Ibama, sugerindo a remoção dos animais. Na ocasião o Instituto manteve a mesma posição de hoje, dizendo que a única solução para a situação epidemiológica do local seria o abate dos roedores. Os protestos de ambientalistas, membros da sociedade protetora dos animais e da sociedade civil fizeram a decisão ser adiada.

Denise disse a reportagem do Portal RAC da última quinta-feira (10/02), que a Prefeitura estava estudando a efetivação da eutanásia, conforme o protocolo do Ibama, e seguindo todos os preceitos éticos para tal procedimento. 'A função da Vigilância de Saúde, em primeiro lugar, é a de preservar a vida das pessoas', explicou ela. Ela lembrou que, somente no parque, três pessoas que morreram após serem infectados com febre imaculosa. 'Eram homens jovens e pais de família', lembrou.

O presidente do Conselho de Defesa dos Animais Flávio Lamas disse que se o posicionamento de Hélio estiver confirmado, irá cancelar o envio de uma liminar à Justiça Federal para tentar impedir o abate das capivaras. Segundo o ambientalista, o ato de protesto contra a eutanásia marcado para às 9h deste domigo (13/02) em frente ao Lago do Café, está mantido. Agora o ato será de conscientização sobre a importância de preservar a vida dos animais.

Atualmente, 12 funcionários ainda trabalham no parque, na manutenção e vigilância do local. Todos receberam orientação sobre os cuidados para evitar os carrapatos e sobre o uso de equipamentos de proteção individual.
 
| FONTE | RAC.com.br |

Com informações da repórter Inaê Miranda, da Agência Anhanguera de Notícias (AAN)

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